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quarta-feira, 25 de abril de 2018

CORAÇÃO DIVIDIDO


Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.
“Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente
Lucas 15:11-13
Um filho ao lado do pai com o coração insatisfeito. Ele tinha tudo: bens, estabilidade, segurança, tudo ao lado do pai. Contudo, queria mais. A insatisfação encheu seu coração de tal forma, que sentiu que não mais queria aquela vida. Precisava de muito mais. Pediu ao pai sua parte na herança. Agora tinha mais dinheiro e era seu, não do seu pai, mas seu, podia gastar com o que quisesse. Que ótima sensação de liberdade e independência. Que passo para sua libertação!
Não demorou muito para a insatisfação tomar conta do seu coração novamente. Tinha dinheiro e podia gastá-lo, mas isso não era suficiente. Ainda estava ali, morando com o pai, ao lado dele. Sua presença tolhia sua liberdade. Precisava estar livre dessa vigilância, dessa dependência emocional. Cercado de tudo e de todos. Não se sentia livre para fazer o que realmente queria. Decidiu partir e ir para bem longe. Nessa terra distante, o dinheiro era realmente seu e o gastaria como quisesse; a vontade era sua e faria o que sentisse desejo e assim o fez.
Essa parábola parece ser a história de muitos. História dos que tudo tem ao lado de Deus: seu amor, proteção, direção, mas não se sentem “livres” na concepção de liberdade ditada pelo mundo. História dos que estão debaixo das mãos de Deus, mas sentem-se, lá em seu íntimo, divididos, atraídos pelo mundo. Não que não amem a Deus, mas como o filho pródigo, anseiam experimentar outros ares, outros modelos de vida. Sentem uma insatisfação. A presença do pai não lhes é suficiente. Precisam provar de algo mais.
Essa insatisfação, nada mais é do que um dilema entre o amor e a liberdade. O pastor Ed Rene Kivitz aponta sabiamente que uma das formas de superar esse dilema é pela consciência de que essa tal liberdade humana imposta pelo sistema, é relativa. E eu diria que já foi mais que provado que ela é relativa mesmo, para não dizer uma liberdade fake, falsa. Além disso, é preciso escolher livremente amar e abrir mão de uma vida focada apenas em si mesmo. O egocentrismo é uma das causas da insatisfação.
Não sei se você se sente ou já se sentiu assim. Atraído por Deus e pelo mundo ao mesmo tempo. Dividido entre o amor do Pai e a liberdade pregada pelo sistema. Só sei que muitas pessoas tem abandonado os braços do pai em busca dessa tal liberdade e nessa busca, assim como o filho pródigo, acabam se perdendo. Deus não vai impedir a sua livre escolha. Ele não quer que você o deixe, mas não te aprisionará para que não vá. O amor de Deus implica em lhe dar o direito de escolha, mesmo que sua escolha seja distanciar-se dele e assim viver. Amando-o de longe. De qualquer modo, saiba que Ele espera que volte e se aninhe em seus braços. Ele espera ardentemente que um dia queira voltar e talvez esse momento seja agora. Você tem sempre o direito de escolha. O que Deus mais quer é que sua escolha seja sempre estar com Ele ou, ainda que já tenha partido, que volte correndo e decida nunca mais sair da sua presença.
Benção Diária

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