Talvez você, assim como eu, seja chamado a
atenção pela dureza com a qual Jesus diz tais palavras. Me soa
muito severo esse discurso, e as vezes temos dificuldades em enxergar esse Jesus
severo, que também é manso e humilde de coração.
Geralmente, caímos no erro de enfatizarmos uma característica do nosso Senhor
em detrimento de outras. Por exemplo: Ele é amor, sabemos, mas temos
dificuldades em compreender Sua santa Ira; Ele é manso, também nos é
sabido, mas enxergamos com dificuldades o Jesus feroz que enxotou os
comerciantes no Templo. Todavia, penso ser impossível você ler este texto e não
conceber a ideia de que Jesus proferiu com dureza tais
palavras.
Mas, porque Jesus falou dessa maneira
se os fariseus dizimavam a hortelã, o endro e o cominho? Afinal, eles estavam
fazendo o que a Lei lhes exigia. Como está escrito no livro de Levíticos a
clara ordenança: “Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas das
árvores, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor”( Levítico 27:30).
Tendo em vista isso, podemos pensar que os fariseus e escribas estavam corretos
em sua prática. Entretanto, a crítica de Jesus não é pelo que fazem, mas pelo
que não fazem. Essa crítica aconteceu pelo motivo de que, apesar de dizimar “do
campo, da semente do campo e do fruto das árvores”, eles estavam desprezando “o
mais importante da Lei: justiça, misericórdia e fé”.
Não podemos nos assemelhar ao fariseus, que
praticavam umas coisas da Lei em detrimento de outras. Devemos buscar a prática
da Lei por completo. Neglicenciar alguns aspectos da Lei por nosso bel-prazer
não deve ser uma opção. Nossa busca tem que sempre ser pelo todo . A prática da
justiça, misericórdia e fé devem ser diárias em nossas vidas. Portanto, sejamos
justos, tenhamos fome e sede de justiça; sejamos misericordiosos e pessoas de
firme fé. Para a glória Dele, amém!
Victor Augusto
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