“Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro,
dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e
ficarás limpo. Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu
que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor, seu
Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso”. 2 Reis 5:10,11
Imagino o sentimento de incredulidade que tomou
o coração de Naamã, porque é loucura acreditar que sete mergulhos num rio
poderiam restaurar a sua vida. O general sírio, não conhecia Eliseu, foi levado
a sua presença por causa do testemunho de uma escrava judia, que lhe falou
sobre a unção e o poder de Deus em sua vida. Sete mergulhos lavariam sua alma
da arrogância, orgulho e vaidade que havia no coração daquele general tomado
pela mais repugnante das doenças. Uma doença que isola, que nos torna impuros e
nos faz provar do pior dos sentimentos humanos: a rejeição.
Ele esperava mais atenção do profeta, talvez
ele esperasse que ele tivesse ouvidos para ouvir suas tristezas, que pudesse
ter palavras sábias, orações poderosas, manifestações divinas, pois assim ele
poderia conhecer mais de perto o profeta poderoso de quem sua serva havia
falado. Mas nada disso foi possível, apenas uma mensagem: vá e dê sete
mergulhos no rio. Ele ficou tomado pela decepção, ainda tentou desistir, mas,
persuadido por seus amigos, mergulhou no rio. Creio que a cada mergulho a
esperança de cura tomava conta de seu coração, mas também, a cada um deles, o
orgulho, a vaidade, a presunção, a falsa expectativa, foram sendo lavados, até
que restou apenas a fé que o levou a cura de sua doença. Todos nós temos
necessidades, mas apenas quando dermos o sétimo mergulho, ou quando nos
lavarmos no tanque, ou quando removermos a pedra, ou quando tocarmos as vestes
de Jesus
poderemos alcançá-las. Elas são conquistadas pela perseverança, pela
continuidade, pela experiência da fé, que transforma águas normais em águas
milagrosas, assim provaremos da glória de Deus. Cremos nisso?
Rev. Fred Souto
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