“Ensina-nos a contar os nossos dias, para
que alcancemos coração sábio”. Salmos 90:12
Temos uma compulsão para colecionar. Não
queremos nos desfazer daquelas coisas que fizeram, de alguma forma, parte do
sentido que a vida nos teve num determinado momento. Uns têm sótãos cheios;
outros, álbuns; outros, a garagem cheia de carros antigos.
Insegurança? Avareza? Espírito empoeirado? Não
sei. Depende do papel que essas coisas desempenham em nossas vidas. Elas podem
nos tornar avarentos, saudosistas, retrógrados ou sábios.
O salmista nos fala de um colecionador de dias.
Pede a Deus que possa relacionar-se com seus dias de tal forma que
eles o façam melhor à medida que o tempo passa. Como pode ser isso?
O colecionador de dias pode ser um pródigo
néscio: gasta tudo o que tem, sem priorizar importâncias e valores. Acaba
trocando o importante pelo urgente. Ele nunca tem tempo para nada e sempre é
surpreendido pelo relógio. E o que é pior: no final do ano, descobre que nada
fez de importante.
Por outro lado, o colecionador de dias pode ser
um sábio, quando conhece cada figurinha de sua coleção, bem como seu valor;
quando aprende com as lições de seus dias, não precisando cair de novo no mesmo
erro; quando aprende a viver cada dia como se fosse único; quando preza seus
dias, mas sem avareza, sendo capaz de gastá-los também em folguedos.
O colecionador de dias é um sábio quando seu
álbum não revela muitos espaços vazios ou uma capa cheia de inúteis duplicatas.
Retirado de “Devocionais para todas as
Estações”
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