“Eu vos rogo que comais alguma coisa; porque
disto depende a vossa segurança; pois nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de
cabelo. Tendo dito isto, tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos
e, depois de o partir, começou a comer. Todos cobraram ânimo e se puseram
também a comer”. Atos 27:34-36
Gostaria de fazer um
exercício de imaginação. Pense num navio sem grandes estruturas como os que temos
hoje, sendo jogado de um lado para outro, por uma grande tempestade. Cerca de
duzentas e sessenta pessoas a bordo, sofrendo com aquela situação e com medo de
virem a perecer em virtude de um eminente naufrágio. Tudo isso acontecendo à
noite, eles sem soubessem para onde o mar bravio estava levando o barco, tanto
que jogavam as ancoras para ver se ele parava em algum lugar.
De repente, um
homem que estava sendo conduzido preso, se levanta no meio daquela situação, e
os chama a comer. Toma o pão, dá graças a Deus e o reparte com os outros
passageiros, fazendo-os recobrar o ânimo e se alimentarem. Em nossas vidas
pessoais temos passado por muitos desafios como esse. As ondas, os ventos e as
tempestades da vida, tão agitadas que nos fazer naufragar. As pessoas que estão
ao nosso redor não ajudam, na grande maioria, costumam criar mais complicações.
A reflexão que devemos fazer desta cena é a forma como Paulo lidou com a
situação. Enquanto todos temiam pela vida, ele estava nos pés do
Senhor clamando por socorro. Como o salmista, ele entendia que o nosso
socorro sempre vem do Senhor. Enquanto todos, inclusive o
capitão do navio, não sabia o que fazer e muitos queriam pular n’água, Paulo
exortava a que todos permanecessem no barco, porque o anjo do Senhor
o havia direcionado para isso. O que fazemos nos momentos de maior angústia,
medo, de decisão? Paulo nos ensina a permanecer aos pés do Senhor, esperando n’Ele
o nosso socorro. Enquanto todos já se davam por perdidos, Paulo
reúne-os no centro do barco, faz uma ceia, ou seja, mostra-lhes de onde vem o
socorro, e lhes transmite uma paz imensa, em meio àquela tempestade. Devemos
sempre crer, que de joelhos, venceremos todas as batalhas.
Rev. Fred Souto
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