2º)  DISPOSIÇÃO PARA CRER
 Essa é, talvez, a característica peculiar de Abrão. Onde quer que chegasse erguia o altar para exercício da sua vida religiosa. Mesmo quando tudo parecia mostrar que ele não chegaria a ser pai, creu, sem vacilação, na promessa que Deus fez de dar-lhe inumerável descendência. – Gên. 15.
No tempo em que povos aguerridos e fortíssimos habitavam a terra da Palestina e ele era apenas um criador de gado, errante de terra em terra, creu firmemente na promessa que Deus lhe fez de torná-lo senhor daquela terra. Gên. 15.
É fácil crer em promessa que não tardam. Abrão creu em  promessas que demoraram muito. Diz a Bíblia, em dois lugares, que Abrão creu no Senhor e isso foi imputado por justiça. Creu na hora que Deus falou. Dai se tira uma lição muito simples e importante: a fé é coisa intima do coração e invisível. Deus, porem, sonda a alma dos seus filhos e sabe o que se passa no mais interior do homem. Ele conhece o que há no homem. Ele sabe quando há fé e conhece a verdadeira finalidade da fé. E vendo fé sincera, trata o homem que não é justo, como se o fosse. Imputa-lhe fé como justiça. Era isso que havia em Abrão e que tanto agradava a Deus – disposição para crer nas promessas. Por isso, foi ele chamado o amigo de Deus.
3º) DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER
Mas, onde há disposição para crer, surge necessariamente disposição para obediência. A fé, a verdadeira fé, aparece de dois modo. Aos olhos de Deus, que vê o coração, e aos olhos dos homens, que só podem ver obras, isto é a obediência.
Da vezes que Abrão mostrou a sua disposição para obedecer, duas se destacam de maneira impressionante. A primeira, quando ele deixou  tudo e partiu para o desconhecido, atendendo à chamada de Deus. Gên. 12.
Convém citar aqui as palavras da carta aos Hebreus: “Pela fé Abrão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia”.
Nessa passagem podemos fazer a análise de dois  elementos paradoxais da fé: ignorância e conhecimento.
Ignorância: Abrão saiu sem saber para onde ia.
Conhecimento: Abrão sabia duas coisas: a ordem era de Deus. Deus sabia o lugar para onde o mandava. Dai, a sua disposição para obedecer.
A segunda vez que Abrão mostrou a sua disposição para obedecer foi numa prova dolorosa e decisiva da sua carreira.
Deus mandou imolar Isaque.
Deus prova o homem pela prosperidade, pela alegria, pelo sofrimento, pela pobreza.
Para que?
Para lhe dar a oportunidade de mostrar e exercitar a  sua fé.
Deus prova o homem. A expressão da Bíblia é outra: - “Tentou Deus a Abrão”.
Como pode ser isso, se as Escrituras dizem que Deus a ninguém tenta


                                               História da Redenção José B Santos Jr.  CONTINUA...