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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A PERSEVERANÇA DE RUTE


Texto base: Rute 1:1-18
Apesar dos inúmeros homens citados nas Escrituras, algumas mulheres também se destacaram, tornando-se grandes exemplos.
Rute era uma mulher moabita que havia se casado com um judeu. O início de sua história foi marcado por muitos problemas. Havia fome na terra, seu marido morreu, bem como o cunhado e o sogro. O fato de ser moabita lembrava a origem vergonhosa de seu povo, fruto do relacionamento de Ló com uma das filhas (Gênesis 19:37). Sendo mulher, estava sujeita a uma série de restrições da época. Não poderia, por exemplo, começar um negócio próprio para ganhar seu sustento. Tudo estava contra Rute: mulher, moabita, fora de sua terra, viúva e desamparada. Tudo parecia perdido e destruído, mas era só o começo de uma linda história.
Rute apegou-se à sua sogra, Noemi, uma serva de Deus. Foi uma relação de companheirismo em tempos difíceis. A história de Rute não começa com uma visão espiritual extraordinária, mas com relacionamentos humanos. Não podemos nem devemos espiritualizar tudo, principalmente no sentido de eliminarmos elementos naturais necessários às nossas vidas. Nosso relacionamento com Deus envolverá também outras pessoas que caminham conosco no mesmo propósito. A Palavra do Senhor não incentiva o individualismo nem o isolamento, mas a comunhão dos servos de Deus.
Apesar dos problemas, Rute era uma mulher determinada, resolvida, como lemos no versículo 18.
Embora o relato possa parecer apenas uma saga familiar, a atitude de Rute era espiritual em sua essência, como vemos na sua afirmação: “o teu Deus é o meu Deus” (Rute 1:16).
Aquela mulher estava disposta a morrer, se preciso fosse, para manter o seu propósito de uma vida nova em Israel. Retroceder, jamais. Voltar à terra de Moabe, à idolatria? Nunca (Rute 1:15). O que ficou para trás, na antiga vida de pecado, não merece retorno. Tal deve ser a nossa determinação e perseverança no compromisso com Deus.
Na sequência da história, verifica-se a mudança da situação de Rute. É um novo capítulo, com muito trabalho, muito esforço, na humilde tarefa de recolher o resto da lavoura, destinado aos órfãos, viúvas e estrangeiros (Dt 24.19).
Mais tarde, veio o casamento de Rute com Boaz, um proprietário de terras em Judá. Era o fim dos problemas sentimentais e financeiros de Rute, mas tudo isso ainda não era o mais importante, como podemos ser tentados a imaginar.
Da união de Rute e Boaz, nasceu Obede, avô do rei Davi, de cuja descendência veio Jesus Cristo. Por isso, Rute foi citada no primeiro capítulo do Novo Testamento, na genealogia do Salvador (Mt 1.5).
O propósito de Deus era superior a tudo que Rute poderia imaginar, mas a sua perseverança foi um fator fundamental em sua história.
Pr. Anísio Renato de Andrade

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