“Ele mandou vir fome sobre a terra e destruiu
todo o seu sustento; mas enviou um homem adiante deles, José, que foi vendido
como escravo. Machucaram-lhe os pés com correntes e com ferros prenderam-lhe o
pescoço, até cumprir-se a sua predição, e a palavra do Senhor confirmar o que
dissera. O rei mandou soltá-lo, o governante dos povos o libertou. Ele o
constituiu senhor de seu palácio e administrador de todos os seus bens, para
instruir os seus oficiais como desejasse e ensinar a sabedoria às autoridades
do rei” (Salmos 105:16-22).
Ele era um dos doze filhos de Jacó, o
penúltimo. Embora não fosse o primogênito nem o caçula, era o preferido do pai
por ser o primeiro filho da esposa amada, Raquel. Por isso foi invejado e
odiado pelos irmãos. Aos 17 anos, teve sonhos que traziam a promessa divina de
que ele teria uma posição de autoridade, inclusive sobre sua própria família.
Começava então uma jornada de 13 anos, que
parecia totalmente contrária aos seus sonhos. José foi lançado na cisterna,
depois, vendido como escravo, acusado de adultério e lançado na prisão. Mas, em
todo o tempo, manteve-se fiel ao Senhor, perseverando na fé e na
obediência a Deus. Tudo isso poderia parecer um modo de vida comum e
independente de uma atitude espiritual, mas o episódio com a mulher de Potifar
foi a sua prova de fogo. Foi ali que José deixou claro o seu compromisso com Deus.
“E aconteceu depois destas coisas que a
mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém
ele recusou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do
que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem. Ninguém há maior
do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua
mulher; como pois faria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus”? (Gênesis 39:7-9).
A perseverança de José foi colocada à prova ao
ser arrancado do seio familiar, ter vivido muito tempo em solidão, submetido ao
trabalho árduo e à injustiça, mas a atitude em relação ao pecado foi sua maior
demonstração de fidelidade ao Senhor.
Resistir ao sofrimento é importante, mas
resistir à tentação é ainda mais difícil.
Existe o teste da perda e o teste de se recusar o ganho indevido, cada
qual com o seu nível de dificuldade.
O que poderia parecer uma sequência de
experiências difíceis, era, sobretudo, uma série de provações, antes que ele
pudesse alcançar o que Deus lhe havia prometido:
“Até o tempo em que a sua palavra se
cumpriu, a palavra do Senhor o provou” (Salmos 105:19).
Detalhe importante na história de José é a
perseverança sem a exata perspectiva do futuro. José não sabia exatamente o
significado dos seus sonhos. Entendia o sentido geral, mas não a forma de sua
concretização. Portanto deveria confiar em Deus.
O Senhor não lhe falava diretamente,
como falara a Abraão, Isaque e Jacó. Os sonhos foram apenas dois. Depois, o
silêncio. José precisava guardar a promessa inicial até o fim.
Deus não lhe dera um mapa
nem uma lista de suas futuras experiências. José teve que percorrer um caminho
ponto a ponto, sem saber com antecedência o roteiro completo.
Confie em Deus, mesmo sem saber tudo.
Persevere. Esteja determinado a ir até o fim, pois o que Deus tem é muito maior do
que possamos imaginar.
“Como está escrito: As coisas que o olho
não viu, e o ouvido não ouviu, nem subiram ao coração do homem, são as que Deus
preparou para aqueles que O amam” (1 Coríntios 2:9).
Pr. Anísio Renato de Andrade
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