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terça-feira, 11 de junho de 2013

O HOMEM NATURAL- REDENÇÃO Nº 33



CAPITULO X
O HOMEM NATURAL
Leitura: Gên. 25:24-34 e 27 a 32:21.
Texto Áureo? I Cor. 2:14.
Jacó é o vulto central na história do povo. Em certo sentido ele é o verdadeiro pai da raça. Abrão teve vários filhos, mas de Isaque veio a linhagem israelita. Isaque teve dois filhos, mas a linguagem passou a Jacó. Os filhos de Jacó constituíram a grande família israelita. Em outras palavras: de Abrão e Isaque procederam vários povos. De Jacó, porem, um povo só. E é de nota que esse povo conserva, através dos tempos, as mesmas características que podemos descobrir em Jacó.
Mais uma vez vamos lembrar que a história da redenção descreve os homens tais quais eles são. O retrato de Jacó impressiona muito mal. É um homem de personalidade forte e cheio de defeitos. É um homem como todos os homens pecadores, no seu estado natural. É um esplêndido espécimen do homem natural.
O termo natural vem de um verbo latino que significa nascer. O homem natural, portanto, é o homem como ele nasce, sem as modificações da graça divina e antes da conversão. É o barro sem modelagem. É bom conhecê-lo, para melhore apreciar, a obra que Deus fez com ele.
Verificando que o povo hebreu, salvou alguns indivíduos, apresenta sempre as mesmas características que marcaram Jacó, o pai da raça, como homem natural, segue-se que a raça foi separada para uma função histórica que exerceu e da qual lhe advieram benefícios perenes do pacto da graça e das promessas maiores que Deus fez ao patriarca Abrão, aqueles filhos da raça natural que, pela conversão, passam também a fazer parte da raça espiritual. E convém saber que nessa raça espiritual, que são os filhos da promessa, estão incluídos também filhos de outras raças, chamados gentios, que eram homens naturais, mas que se converteram. Rom. 9:6-8.
Para melhor  esclarecimento do assunto vamos estudar os aspectos mais salientes e marcantes do homem natural, que aparecem na pessoa de Jacó.
1º)  ASTUCIA E VIOLÊNCIA
Dois irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, portadores do mesmo sangue, e tão diferentes um do outro. Um amigo do campo e da caça, afeito à violência, insofrido, imprevidente, profano – Esaú. O outro, amigo da casa, afeito às sutilezas e às intrigas com que se defendem dos mais fortes aqueles que, pela sua fraqueza física, acabaram descobrindo que a inteligência é uma força maior – Jacó.mas os dois tinham um traço comum. Aquele traço que São Paulo descreve em duas frases lapidares: “Homens amantes de si mesmos” – e que só tratavam do que era seu. Em uma palavra: egocêntricos. O “eu” era o centro do mundo e de tudo. Um usava a violência, outro a astucia, mas cada um usava o que podia a serviço exclusivo de si mesmo. Tão diferente um do outros aspectos acidentais e, na essência real da sua natureza, igualzinho como duas gotas de água.
Dois episódios mostram as diferenças acidentais da conduta e a igualdade da natureza.
O primeiro é a velha historia do prato de lentilhas em que Esaú, profanamente, insensatamente, insofridamente atirou fora, com as suas grandes prerrogativas a sua própria dignidade pessoal. Julgou a matéria em funções do seu prazer pessoal, sem qualquer referência aos interesses da grei. Só buscava o que era seu, imediatamente seu.
Nesse mesmo episódio aparece, pela primeira vez, a sagra cidade incrível de Jacó e a sua mais incrível ousadia para explorar, em seu beneficio exclusivo,  a fraqueza do seu próprio irmão. Gostava muito de todos, mas no fundo era amigo de si mesmo. Um porque despregou; outro, porque explorou; ambos agiram em função de um mesmo principio; era o homem natural.
O outro episódio incomparavelmente mais grave, porque nele aparecem além da astucia, a mentira, a fraude e também o desrespeito ao pai já velho e cego é o caso da benção que Jacó tomou. Ai é que se vê bem o homem natural que crê mais na sabedoria dos homens que na sabedoria de Deus; que confia mais na posse imediata, embora fraudulenta das coisas, do que no cumprimento remoto das promessas divinas. Realmente, o homem natural aparece ai em toda a sua plenitude, em Jacó, em Rebeca e no próprio Esaú. Ninguém tomou em consideração os direitos alheios. Cada um tratou de buscar apenas o que era seu. Nenhum pensamento acerca da justiça de Deus. Tanto assim, que todos os meios, inclusive a mentira e a fraude, lhes pareceram úteis para alcançar o seu objetivo.
História da Redenção José B Santos Jr.  CONTINUA

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