2º - LUTA E VITORIA NECESSÁRIA
A conversão de Jacó se deu antes dele atravessar o ribeiro do Jaboque. Não ficava bem que ele regressasse à casa de seus pais no mesmo estado espiritual em que sairá de lá. Estava na fronteira geográfica e tinha chegado também a fronteira espiritual. Não convinha que atravessasse uma sem tambem atravessar a outra. Até então tinha lutado com os homens, tinha lutado contra Deus, entendendo que a causa do desassossego estava nos outros. Só não havia lutado consigo mesmo. Subjugara, pela astucia, o irmão violento vencera, pela astucia, a sagacidade de Labão. O seu nome significava suplantador. Sabia vencer e suplantar os outros, mas não sabia vencer a si mesmo. O texto diz que ele ficou só. Não se via por ali nenhum inimigo. Nessa altura é que o anjo apareceu lutou com ele. Diz o texto que o anjo não consegui prevalecer contra Jacó. Uma leitura superficial daria a entender que Jacó superou o anjo fisicamente. Mas o narrador se encarrega de desfazer essa interpretação, porque diz que o anjo, não podendo prevalecer contra Jacó, tocou-lhe na juntura da coxa e a deslocou. O que mostra que o anjo dispunha de força para vencer fisicamente o patriarca.
A resistência de Jacó. Portanto, não era física. Devia ser espiritual. E foi preciso que o anjo o atingisse fisicamente, para que ele compreendesse que não tinha outro recurso senão submeter-se. Jacó, até ali, havia suplantado os inimigos e, nesse dia, suplantou-se a si mesmo. Aprendeu que só há um meio de prevalecer com Deus depois de lutar com Ele – é submeter-se.
Antes da submissão estava pronto a fazer o que Deus mandasse, se primeiro Deus fizesse o que ele desejava. Gên. 28:20-22. de agora em diante, faria tudo sem condições alguma. A luta, a verdadeira luta, deve ter sido intima, como também o foi essa vitoria sobre si mesmo.
3º- MUDANÇA RADICAL
Até aquele momento Jacó ainda era o mesmo homem egocêntrico, confiado nos recursos humanos, desassossegado e amedrontado, livrando-se de um inimigo para ver-se ameaçado por outro. Escapara de Labão, seu tio e temia encontrar-se com Esaú, seu irmão. Trazia na mente ainda o plano de conquistar a terra, prevalecendo-se da sua astucia e da fraqueza de Esaú. Por isso, mal soube que o irmão lhe saia ao encontro, mandou-lhe uma série de presentes. Na hora critica em que sentiu medo, fez-se religioso e pediu a proteção de Deus. Mas, apesar de orar, como ele mesmo disse, tinha confiança era nos presentes para aplacar o irmão. Gen.32.
Depois da crise já era outro homem. Sua própria atitude com Esaú era outra. E vê se no capitulo 33, que a sua confiança agora esta posta era mesmo na benção de Deus. É exemplo daquilo que disse Paulo: !As coisas velhas tinham passado, e tudo se fizera novo”. Não era ainda a raiz da sua vida moral. Jacó, dai em diante, era de fato Israel.
Convém notar as duas circunstâncias mais importante dessa mudança.
a) Deu-se quando ele se achava só. Com efeito, o problema espiritual deve ser resolvido entre Deus e o homem só.
b) Foi durante uma luta e por meio dela. Ninguém obedece a Deus sem lutar muito consigo mesmo, sem se vencer completamente.
Ficam bem aqui as palavras do hino 244:
Salvador, eu hoje venho me render;
Só por ti vencido poderei vencer;
QUESTIONÁRIO:
Que encontrou Jacó no seu caminho de volta?
Que circunstância atemorizava Jacó? Que coisa era maior do que Jacó?
Que é que aparecia primeiro: o presente, ou o irmão?
Em que é que Jacó de fato confiava?
Quem ficou na companhia de Jacó?
Qual foi o novo nome de Jacó?
Desde quando Jacó manquejava?
Qual o primeiro encontro de Jacó no caminho?
Onde passou Jacó a noite decisiva da sua vida?
História da Redenção José B Santos Jr. CONTINUA
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