“Por
isso não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se
corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia” (2 Coríntios 4:16).Paulo sabia melhor. O importante não era o que Deus tinha
feito no passado; mas cada dia em que ele precisava ir a Deus em busca de graça! “O que
você vê em mim, agora, não é realmente o que eu sou. Você deve olhar dentro de
mim para ver a verdadeira pessoa”.As palavras vieram de um respeitado amigo,
agora morrendo de câncer. Ele queria que eu olhasse para trás do rosto
desfigurado, da forma abatida, do leito hospitalar com seus tubos e medidores,
e me lembrasse dele como tinha sido. Sua mente e o seu coração expressavam
melhor a pessoa real do que o seu corpo torturado.Você conhece uma pessoa que transborda de vigor, força e segurança?
Sente que poderia correr uma
maratona com tal indivíduo. Ou talvez um deficiente físico que se apega tão
fortemente à vida como suas mãos se apegam à cadeira de rodas?Paulo era contagiado
por um espírito indômito. Ergueu-se de sob um montão de pedras e caminhou para
a cidade de Listra. Atravessou com dificuldade a praia em Malta e pôs-se a
ajuntar lenha. Quando uma víbora o atacou, ele a sacudiu e continuou atiçando o
fogo.Conhecia tão bem o
desgaste da fome, a agonia do aprisionamento injusto, as poderosas injúrias que
os homens infligiam sobre suas vítimas. Mas o Paulo que estava no interior
daquele corpo cicatrizado e enfraquecido nunca perdeu sua confiança em Deus.Ele se sustinha olhando
sempre para Deus.É verdade que não havia
esquecido a estrada de Damasco, ou o confronto com o legalismo, ou qualquer
outra lição de vida. Mas se lembrava delas a fim de reassegurar-se quanto ao
futuro. Deus esperava no futuro para auxiliá-lo e livrá-lo.Ele sentia a morte em
seu corpo. O homem exterior estava perecendo. Conhecia muito os riscos que
estava correndo, como tinha empurrado a força física aos seus limites. Conhecia
sua mortalidade. Mas Deus lhe dera a certeza de que
haveria vida. Dia a dia encontrava renovação.Muitas vezes esperamos
que o dia em Deus, pela primeira vez, concedeu vida espiritual será
suficiente para sempre. Paulo sabia melhor. O importante não era o que Deus tinha
feito no passado; mas cada dia em que ele precisava ir a Deus em busca de graça.
Jamais permitia que o mundo externo o desviasse do espiritual. Nem esquecia o
poder que dia a dia o sustinha e renovava.
Amilton Menezes
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