RESTAURANDO NOSSO ÂNIMO

1º Reis 19.4 e 19:10  Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. ...Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida”.

Depois de uma grande vitória, Elias estava sem fôlego e com um sentimento de desânimo, bastante comum para aqueles que saem de uma batalha bem sucedida. Ele havia derrotado os sacerdotes de Baal e esperava que o povo e o rei, depois de presenciar a restauração do altar do Senhor em Israel, tomassem uma nova postura e o defendesse dos perigos que poderiam advir daquela situação. Entretanto, a rainha Jezabel não se deixou intimidar pela demonstração de poder de Elias e ameaçou fazer com ele, o mesmo que Elias havia feito com os sacerdotes de seu Deus, ou seja, matá-lo.

Elias fugiu da rainha cheio de medo, apesar da vitória no Carmelo. O sentimento de fracasso havia tomado conta de seu coração, sua alma estava terrivelmente deprimida, a ponto de querer a própria morte. O júbilo e a glória do Monte, dava lugar para o desânimo, o fracasso e a depressão, fruto do medo e do temor do seu futuro, mesmo tendo dado uma grande demonstração pública do poder de Deus, agora vacilava terrivelmente. Este sentimento que Elias sentiu, às vezes toma conta dos corações daqueles que são muito usados pelo Senhor. Passam do júbilo a um sentimento de que precisam ser novamente abençoados pelo Senhor, porque sua fé tem vacilado. Esta montanha russa espiritual é fruto da nossa incapacidade de manter a nossa fé apenas no que o Senhor, mesmo quando Ele realiza sua obra através de nós. Apesar de acreditar no mover de Deus, nós deixamos que o orgulho e a vaidade encham o nosso ego, fazendo-nos acreditar que podemos realizar cada vez mais, mesmo que seja para obra de Deus. Esquecemos que o querer e o realizar em nossa vida, são fruto da ação misericordiosa do Espírito Santo. Ele é quem nos faz vasos de honra em sua casa. Por isso, devemos manter a nossa fé naquele que pode fazer muito mais do que sequer imaginarmos, para que não sejamos apanhados em nossas próprias limitações humanas.

 Oração: Querido Deus, cura-nos de nossas próprias limitações, para que possamos ter a consciência de que, sem a tua mão a nos dirigir, nós não somos capazes de realizar nenhuma obra para engrandecer o Teu nome. Unge-nos e restabelece a nossa fé em tua providência. Oramos em nome de Jesus. Amém!

Rev. Fred Souto